O potencial do hidrogênio verde (H2V) para reduzir o impacto ambiental na indústria e ajudar empresas a atingir suas metas de sustentabilidade foi uma das tendências ambientais apresentadas no fórum de sustentabilidade da Automation Fair 2022, feira de inovação e transformação digital para a indústria promovida há mais de 30 anos pela Rockwell Automation, maior empresa do mundo dedicada à automação industrial e à transformação digital.
Considerado uma das maiores inovações dos últimos tempos por personalidades de negócios como Bill Gates, o hidrogênio verde é apontado como o combustível do futuro, já que possui poder calorífico superior ao de outros combustíveis, como o diesel e o gás natural, e não emite gases de efeito estufa quando transformado em energia, oferecendo uma alternativa sustentável para a atividade industrial em todo o mundo.
Na Automation Fair, representantes da indústria latino-americana falaram sobre o potencial da região para produção e exportação de hidrogênio verde para países como os Estados Unidos, Canadá e, em especial, para a Europa.
"O Chile, por exemplo, é um país que começou rápido a investir em hidrogênio verde e está montando sua primeira fábrica para produzir e exportar para a Alemanha. Assim como o Chile, o México tem um grande potencial renovável e características que encontramos em muitos outros países da América Latina. Temos visto estratégias nacionais de hidrogênio também na Colômbia, Uruguai, Peru e tudo isso se funde com o aumento das exportações para os Estados Unidos, Europa e Ásia.", explica Israel Hurtado, CEO da Associação Mexicana de Hidrogênio.
O Brasil também está na corrida pelo hidrogênio verde com mais de US$ 20 bilhões em projetos em desenvolvimento ao redor do país, especialmente em torno dos portos do Pecém, Suape e Açu. Oportunidades para a produção de H2V no país podem vir também do setor agrícola, dado que a biomassa oriunda de rejeitos pode ser utilizada na produção do novo combustível.
Fontes de energia verde são cruciais para que a indústria brasileira possa cumprir com os seus objetivos de sustentabilidade, mas apenas uma parte dos esforços na direção de práticas comprometidas com objetivo ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) presentes no setor industrial.
Durante a Automation Fair, os especialistas destacaram ainda as últimas tendências em inovação e tecnologia para processos mais eficientes na indústria global, mostrando na prática como a resolução de muitos desafios de negócios convergem em soluções tecnológicas e sustentáveis.
"Dados ESG são críticos, uma vez que permitem eficiência e visibilidade em todo o espectro do processo de fabricação, além de economia de recursos preciosos, seja água ou materiais preciosos, e fazendo isso de uma maneira muito mais eficiente. Esses dados ESG permitem mitigar riscos, de modo que a automação desempenhe um papel crítico na fusão entre pessoas e tecnologia no chão de fábrica.", explicou Dan DeYoung, diretor de production automation da Rockwell Automation.
A Rockwell Automation tem presença em mais de 80 países e está no Brasil há mais de 40 anos, oferecendo tecnologia de alta qualidade voltada à automação industrial em produtos e serviços, além de contar com fabricação nacional de equipamentos de baixa e média tensão.